Ela Ă© sĂł dela. Das suas vontades, da sua intensidade e das suas dĂșvidas. Das lĂĄgrimas dilacerantes aos sorrisos incandescentes. Ela Ă© sĂł dela. Das suas viagens, das suas memĂłrias e dos seus desejos. Ela Ă© apaixonante, mas Ă© muita areia pra vocĂȘ. Uma praia inteira. Com ĂĄgua de coco, trilha nas pedras e banho de mar. Ela Ă© um absurdo. Um escĂąndalo. Um abuso. Mas Ă© sĂł dela. De coração grande para o cachorro abandonado na rua e seco para quem jĂĄ nĂŁo merece mais outra chance. Ela jĂĄ aprendeu que todo amor pode acabar, menos o prĂłprio. Ela Ă© o que ela quiser e nĂŁo o que gostariam que ela fosse. Ela Ă© o que ela quiser e a cada dia quer algo novo. Provar algo novo. Experimentar. Ela dorme com uma vontade e acorda com outra. NĂŁo Ă© difĂcil conquistar o seu interesse, o desafio Ă© mantĂȘ-la interessada. NĂŁo tente mapeĂĄ-la. NĂŁo tente entendĂȘ-la com as suas fĂłrmulas baratas. NĂŁo tente dizer o que Ă© certo ou o que Ă© errado. Lembre-se! Ela Ă© sĂł dela. Dos seus sonhos, dos seus devaneios e das suas verdades. Ela pensa fora da caixa. Fora de tudo aquilo que um dia planejaram para ela. Ela prefere Ă janela do quarto do que Ă TV. Ela nĂŁo dispensa uma barriga sarada, mas faz mais questĂŁo de uma mente evoluĂda. Ela nĂŁo acerta sempre, mas sempre erra os seus prĂłprios erros. E segue em frente. A fase de lĂĄgrimas ficou no passado. Agora ela segue distribuindo sorrisos e conquistando coraçÔes. Vai derrubando os seus medos e desvendando novos sabores. Novos amores. Novas sensaçÔes. Ela Ă© sĂł dela. Ela Ă© do vento, do mar, do sol e da lua. Ela Ă© de lua. Ora parece insensĂvel, ora abraça a criança carente no sinal. Ora quer pegar a estrada, ora quer passar o dia na cama. NĂŁo tente entendĂȘ-la. NĂŁo tente prendĂȘ-la. NĂŁo ouse rotulĂĄ-la. Ela Ă© sĂł dela. Das suas loucuras, da sua instabilidade, dos seus planos. Ela Ă© aquele dia ensolarado que termina em tempestade. Aquele jardim de pedras de onde brota uma Ășnica rosa. Um surfista que nĂŁo abre mĂŁo do mar. Ou vocĂȘ surfa junto, ou Ă© melhor ficar na areia e admirar. Ela Ă© sĂł dela e vai ser sempre assim. Tem quem ache egoĂsta. Tem quem ache cruel. SĂł nĂŁo hĂĄ quem nĂŁo se apaixone. Pobres, mortais. NĂŁo adianta. Ela Ă© sĂł dela.