Por você eu espero a tempestade passar, espero a nossa hora chegar, espero mesmo não sabendo esperar. Mas o mais importante: Eu espero que você me espere também.
Eu vejo nós dois em todo canto. É a gente rindo na porta da escola ali da esquina. É a gente se beijando no parque, andando de mãos dadas na volta para casa, tendo uma discussão na porta do cinema e se beijando logo em seguida. É a gente naquele casal de velhinhos surdos, que não ouvem quase nada, mas se amam com tudo o que podem. Viu aquele outro casal levando os filhos para passear, sorrindo um para o outro como se fosse a primeira vez? É a gente também. Somos o casal de jovens, o casal de adultos e o casal de velhinhos. Somos todo casal que se ama verdadeiramente. Estamos em todo lugar que há carinho, confiança e amor. Somos o certo da vida um do outro. Somos a lágrima e o sorriso, a despedida e o encontro, a insegurança e a segurança. Vejo nós dois em todo lugar, imagino nós dois em todo lugar, mesmo não sendo nós de verdade… Ninguém nunca disse que era proibido imaginar.
Ok, vamos lá, o que exatamente você quer comigo? Sério, não que eu não seja um cara confiante, até acho que eu sou bastante, mas olha você! Fica difícil entender. Tu é linda demais, pô! E não é só isso, é o jeito que fala e as ideias. E ainda é bailarina. Só pode ser brincadeira. Não que eu não queira, eu quero muito. Mas tem tantos caras mais bonitos, ricos e inteligentes. Eu sou tão eu, sabe? Tão desse jeitinho na minha, cheio de saudade das coisas. Não tem nada demais por aqui. Me explica isso, que a gente nem tá junto e você já está me deixando louco. Isso aqui não é uma poesia, nem um texto sobre amor. É sobre você ser demais e o medo que isso me dá. Fico imaginando quantos já enlouqueceram por você. Você é dessas que a gente se apaixona num sopro.
Nenhum segundo a mais no despertador. Nenhum livro novo. Nenhum doce na geladeira. Nenhum sorriso cruzando a rua. Nenhum e-mail. Nenhuma gentileza. Nenhuma mensagem de aniversário. Nenhuma mensagem atrasada de aniversário. Nenhuma piada. Nenhum xingamento. Nenhum elogio. Nenhum barulho de grilo. Nenhum grito de medo. Nenhum acampamento na sala. Nenhuma mensagem no celular. Nenhuma ligação esperada. Nenhuma ligação inesperada. Nenhum aperto de mão sobrando. Nenhum nome faltando. Nenhum pedido atendido. Nenhuma pizza paga. Nenhum drink oferecido. Nenhum sorvete derretido. Nenhuma bochecha corada. Nenhum centavo ganho. Nenhum amor inteiro. Nenhum amor parcelado. Nenhum queixo sujo de brigadeiro. Nenhuma coberta quente. Nenhum sofá com marcas de uso. Nenhum badalar de sinos. Nenhuma nuvem em forma de cavalo no céu. Nenhuma ligação. Nenhum pedido de namoro. Nenhuma escova de dentes fora do pote. Nenhum lápis apontado. Nenhuma sombra. Nenhuma presença. Dias. Noites. Vida. Piloto automático.
Que isso?
Que covardia, cupido
Por que fez isso comigo?
Ela virou minha cabeça tipo um furacão
Da pista
O Bradock da quebrada
Hoje eu nem saio de casa
Deixou o pai desonline, tô agarradão
Faz a pose de maloqueira, hã
Desce rebolando a rabeta, hã
Vou travar na tua beleza, hã
Quando vem por cima e...
Prende, para
Olha o movimento dessa raba
Prende, para
Vem por cima e...
Prende, para
Olha o movimento dessa raba
Prende, para
Vem por cima e vai
A pretinha viciante
Do bundão interessante
Sempre cheia de tesão
Vem que eu faço a posição
Tô imaginando a minha
Nessa boca molhadinha
Vem com tudo e me atiça
Vai, não para, que delícia
Sobe balão, louca na balinha
Quando eu tô na onda eu vou ficando safadinha
Quer provar do bom, sente a melanina
Vem que a minha bunda faz o trabalho sozinha
Prende, para
Olha o movimento dessa raba
Prende, para
Vem por cima e...
Prende, para
Olha o movimento dessa raba
Prende, para
Vem por cima e vai
Prende, para
Olha o movimento dessa raba
Prende, para
Vem por cima e...
Prende, para
Olha o movimento dessa raba
Prende, para
Vem por cima e vai
(BIS)
Já tô sabendo
Você mentiu e foi passar
A madrugada se envolvendo
Só de pensar na tua boca em outra boca
Eu já tô enlouquecendo, amor
E foi pessoa séria que falou
Você brincou demais, não deu valor
E dessa vez eu acho que acabou
Não é nada disso
É só intriga da oposição
Eu sei do nosso compromisso
O povo vê nossa felicidade
E já quer gerar conflito, amor
Mas olha bem o que você falou
Briga comigo e me chama de amor
Porque já sabe que não acabou
Você me diz que não tá nada bem
Mas na hora do desejo o teu beijo quer me encontrar
A chave do prazer só você tem
Então promete pra mim que nunca vai me magoar
Que só vai me fazer chorar
Na hora de hã
Na hora de hã
Que só vai me fazer gritar
Na hora de hã
Na hora de hã
Que a gente vai viver
Love, love, hã, hã
Love, love, hã, hã, hã
Love, love, hã, hã
Love, love
Eu só vou te fazer chorar
Na hora de hã
Na hora de hã
Eu só vou te fazer gritar
Na hora de hã
Na hora de hã
Eu só vou te fazer
Love, love, hã, hã
Love, love, hã, hã, hã
Love, love, hã, hã
Love, love
Não é nada disso
É só intriga da oposição
Eu sei do nosso compromisso
O povo vê nossa felicidade
E já quer gerar conflito, amor
Mas olha bem o que você falou
Briga comigo e me chama de amor
Porque já sabe que não acabou
Você me diz que não tá nada bem
Mas na hora do desejo o teu beijo quer me encontrar
A chave do prazer só você tem
Então promete pra mim que nunca vai me magoar
Que só vai me fazer chorar
Na hora de hã
Na hora de hã
Que só vai me fazer gritar
Na hora de hã
Na hora de hã
Que a gente vai viver
Love, love, hã, hã
Love, love, hã, hã, hã
Love, love, hã, hã
Love, love
Eu só vou te fazer chorar
Na hora de hã
Na hora de hã
Eu só vou te fazer gritar
Na hora de hã
Na hora de hã
Eu só vou te fazer
Love, love, hã, hã
Love, love, hã, hã, hã
Love, love, hã, hã
Love, love, hã, hã, hã, iê
Encontrei a sua foto e joguei fora na mesma hora, sem pensar. Pensei. Busquei a foto no lixo, dobrei e guardei na gaveta da bagunça. Não achei seguro. Peguei a foto e coloquei junto com os cachecóis, pois eu nunca uso cachecol - apesar da minha mãe insistir em comprá-los - ali era o melhor lugar. Me deu frio. Lembrei dos cachecóis e da foto. Enrolei a foto no meio de dois cachecóis e joguei no fundo do armário. Desisti. Retirei a foto do armário e sentei no sofá. Fiquei olhando a foto por alguns instantes e coloquei no bolso. Já que eu não vou esquecer mesmo, vou guardar e ver se aprendo alguma coisa.
Eu sou um pedaço da verdade que eu não contei. Um pedaço do que deixei de ser, do que levaram, do que eu não fui capaz de buscar. Eu sou comodidade e preguiça, um pedaço de angústia também. Eu sou um mistério e ninguém pode - ou quer - desvendar.