Desejos

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Nem lembro com que desejo gastei as ondas que pulei nos últimos anos, mas sinto que não realizei ou se realizei deixou de ser importante rapidinho. Mas, claro, tô esperando o ano virar para eu ajustar toda bagunça, desde as gavetas aos pensamentos que insistem em sobrevoar o passado. Não acredito em absolutamente nada, mas pulo as ondas, claro que pulo, é divertido e dá uma esperança danada. Só me recuso a usar camiseta branca, passar o ano novo cafona nunca trouxe paz para ninguém. Mas as ondas não deixarei de pular, mesmo que eu não saiba ao certo quantas devo pular (são seis ou sete?), e que eu ainda não tenha certeza do que pedir, mas ó, deve ter você no meio do pedido, sempre tem. Você consegue estar em primeiro nas listas de coisas que quero e na lista de coisas que não quero, tudo isso, ao mesmo tempo. Incrível, não é? E se um gênio surgisse na noite do dia trinta um e pedisse para eu escolher entre esquecer você para sempre ou ficar com você para sempre. Eu perguntaria com as águas batendo nas canelas: em qual opção eu serei feliz?. Ele, claro, diria que não é possível saber. Nunca vai ser possível saber. Então, eu diria educadamente, "Não quero nenhum, se puder me dar licença, preciso pular as minhas ondas".

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