Sonho

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Existe o sonho que não é inconsciente. É um sonho em que escolho cenários e personagens. Ele pode ser criado antes do sono, num passeio com o cachorro ou andando na praia com os chinelos nas mãos. Nesse sonho eu ganho na loteria e brinco de salvar o mundo, logo depois de festejar em metade dele. Ou lanço um livro, estreio um filme, derrubo um governo (às vezes os três num sonho só). E tem aquele na casa da montanha: a fumaça apresentando o café feito, o abraço quente de um moletom roubado - o meu favorito -, o cachorro enorme no tapete em frente da porta, e o beijo de alguém tão impossível quanto um bilhete premiado. O que me incomoda é que se eu pudesse escolher um dos sonhos para ser realizado, não saberia dizer qual. E sinto, de coração, que eu deveria saber.

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