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Não, não é urgente. Eu sei que disse inúmeras vezes que desejo muito. Mas eu-não-preciso, só quero, e não tem que ser agora. Tô faz um tempo nessa, sério, se tiver que esperar mais alguns anos, não tem problema. É tranquilo, tem dias que me divirto, até vivo uns amores de verdade, que depois descubro serem de mentira, mas até eu descobrir são de verdade, claro que são. Sim, eu espero. Dez anos? Dez está bom, não vou exigir muito, mas se pudesse ser em oito, hein? É que em dez eu posso já ter decidido que vou seguir assim mesmo, sozinho, pois já me acostumei assim. É, sou desses que se acostuma e quando vê não muda mais. Oito, rola? Então, oito. Tá vendo, fica bom pra todo mundo. Agora, Deus livre quem topar comigo nesse período, carente, pedindo colo pra tudo, uma galera me dando a mão sem saber que já tô com um amor programado pra daqui oito anos, coisa combinada, promessa feita. Como eu disse, não é urgente. Quer dizer, não é agora, mas tem noite que é, tem noite que um amorzinho é tudo que eu quero, pra não precisar sair, gastar e beber horrores, falar de amor com sabe-se lá quem. Depois acordar de ressaca, comer mal e ainda tentar correr cedo, pois amor nenhum tá querendo quem não corre cedo, mas, assim, se é daqui a oito anos, fico mais tranquilo, vou sair e correr menos, vou beber menos também, falar e escrever menos, vou só esperar, é isso, essa grande espera. E você acha que não dá pra melhorar nada? Uns quatro aninhos, alguma coisa passageira-porém-imensa, algo bem filme de sessão da tarde, de rir no meio e chorar no final. Não? então, tudo bem. Eu-não-preciso. Como eu te disse, só quero muito.

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