Formas Lógicas

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Eles não me entendem como você. Não sei se é falta de vontade ou de capacidade. E, se for falta de capacidade, não sei se é minha ou deles. Porque também é bem verdade que não sei me expressar claramente, que minha dicção é ruim e que minha escrita é confusa. Eu costumo dar voltas em um assunto ou outro e acabo perdida no que penso e no que inventei sobre o mundo.
Mas é certo que, de alguma forma, você conseguiu entender essa minha confusão. E, mais do que isso, me ajudou a entendê-la um pouco com o seu matematiquês exatoide.
Tenho saudades dessa tua racionalidade paciente, desse teu jeito de tentar transformar tudo em equação... E eu acho que você foi a pessoa que chegou mais perto de conseguir entender o meu eu por completo, usando essas tuas formas lógicas de ver o mundo.
Porque amor talvez funcionasse mesmo feito função cosseno, com limite máximo definido para o campo positivo e para o negativo... Ou, quem sabe, feito log, tendendo, então, ao infinito e com a vil possibilidade de se tornar infinitamente positivo ou negativo, visto que consideramos um índice "a" como variável e que esse tal índice, de forma que eu mesma não entendo, faça sozinho essa tal conversão.
Que besteira. Comecei a inventar fórmulas sem sentido. E o pior de tudo é que não surgiu uma só alma viva criticar a minha lógica. Cadê você para me dizer que eu devo ter confundido seno com cosseno ou para me mostrar um novo jeito de pensar o amor?
Ai que saudades do teu matematiquês...

- Liza Bolarg

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